segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A Terceira Turma da Senhorita Kaye, por Angela Brazil: Capítulo II

UMA DECISÃO IMPORTANTE

“Gordon”, disse a senhora Lindsay ao marido na noite seguinte, quando ele estava desfrutando de sua xícara de café depois do jantar na sala de visitas. Ela julgou que aquele era o momento adequado para discutir problemas complicados: “Eu não estou nada feliz com Sylvia".
O Senhor Lindsay fez uma pausa para pegar um cubo extra de açúcar e para se servir de um pouco mais de creme.
“Por que, o que está errado com a criança?”, perguntou ele. “Eu pensei que ela estava muito bem hoje.”
“Ela parece muito bem”, respondeu a Senhora Lindsay; “mas eu não me sinto satisfeita, tudo a mesma coisa".
“Tente outro fortificante”, sugeriu o marido, esticando-se preguiçosamente na cadeira enquanto ele falava.
“Outro fortificante seria absolutamente inútil.”
“Então é melhor você leva-a ao Doutor Ferguson amanhã para um exame; é bom prevenir.”
“Não é um caso para o Doutor Ferguson, ainda que tenha me angustiado por alguns meses. Louisa estava aqui ontem e ela percebeu isso também e falou-me seriamente sobre isso.”
“Realmente, Blanche, você deixou preocupado agora! Qual é o problema com Sylvia? Se o Dr. Ferguson não pode fazer nada, devemos então levá-la a um especialista.”
“Não é o corpo dela, Gordon, que é sua mente. Ela é uma graça, mas ela está crescendo de modo tão antiquado e calmo, ela é mais como uma velhinha do que uma menina de quase onze anos. Louisa diz que não é saudável.”
“Eu gostaria que Louisa cuidasse de sua própria vida”, disse Lindsay, franzindo a testa; “Eu não consigo ver nada de errado com Sylvia. Acho que os seus modos antiquados são particularmente encantadores".
“No entanto, eles não são naturais na idade dela. Ela está vivendo em um mundo de sonhos e de faz de conta. Livros são uma coisa boa, mas não é bom para ela estar completamente enterrada neles”.
“Ela tem uma imaginação forte”, respondeu o Senhor Lindsay, “uma coisa que Louisa nunca pode apreciar. Ela herdou de mim e eu simpatizo completamente com sua pequena mania de imaginar as coisas”.
“Sim, quando imaginar não toma o lugar da vida real. Sylvia tem sido uma criança tão solitária, tão acostumada a brincar sozinha e a fazer suas próprias diversões, que ela quase perdeu o desejo de ter amigos da idade dela”.
“Eu pensei que ela tinha muito amigos. Eu não te conheci alguns deles indo embora ontem, quando voltei para casa?”
“Sim, mas ela não gosta de tê-los aqui. É muito difícil acreditar, Gordon, que a nossa querida é egoísta”.
“Isso ela certamente não é!” declarou o Senhor Lindsay enfaticamente.
“Não é com a gente, mas ela não gosta de ter seus pequenos planos perturbados por outras crianças. Ela não aceita desistir de seu próprio caminho. Fui obrigada a repreendê-la ontem por ficar lendo um livro, em vez de se divertir com suas visitas".
“Ela fica absorta em seus livros”.
“É demais. Ela precisa de mais movimento. Ela é como um pequeno rato, tão gentil, ela sempre prefere jogos tranquilos quando brinca. Não é saudável para uma criança viver continuamente apenas com adultos. Temos pensado tão seriamente sobre a sua educação e ela tem sido ensinada com tanto cuidado, que eu realmente acredito que nós demos a ela uma espécie de indigestão mental".
O Senhor Lindsay riu.
“Ela é muito inteligente para sua idade”, disse ele. “Ela pode falar sobre botânica e antiguidades tão bem, ou melhor, do que muitas pessoas mais velhas. Prefiro ter Sylvia como companhia a metade das pessoas que eu conheço”.
“Mas ela não pode se tornar pedante e eu temo que ela esteja em risco de se tornar se não tomarmos o assunto em nossas de uma vez. Interesses intelectuais são encantadores e nós queremos que ela os tenha, mas eles não podem ocupar o lugar de tênis ou de tacobol [1] aos onze anos de idade. Ela é muito magra, pálida e de aparência frágil. Louisa diz que estamos a desenvolver sua mente, em detrimento de seu corpo”.
O Senhor Lindsay gemeu e enrugou a testa em linhas e pregas.
“O que Louisa propõe que façamos então?” ele perguntou. “Não duvido que ela tenha algum plano para sugerir”.
“Ela acha que Sylvia deve ser enviada para a escola”.
“Depois, haverá tempo de sobra para falar sobre isso antes do Natal”.
“Não é no Natal. Agora. O semestre de Setembro está apenas começando e não é de todo muito tarde”.
“Ufa! Mas e a Senhorita Holt? Nós não poderíamos despachá-la de repente”.
“A esposa de seu irmão morreu durante as férias de verão, e ela ficaria muito feliz em manter a casa para ele em Derby Shire e em cuidar de seus filhos agora órfãos. Acredito que ela não queria voltar aqui, apenas que ela não gostaria de descumprir o combinado. Nós não precisamos levá-la em consideração”.
“Então você realmente propõe enviar Sylvia embora já?”
“Tenho certeza de que seria o melhor”.
“Mas para onde?”
“Louisa conhece uma boa escola; Senhorita Kaye em Aberglyn, onde Bertha Harding foi educada. Parece satisfatória em todos os sentidos e o ar da montanha galesa seria bom para Sylvia; ela ficou tão bem depois que passamos quinze dias em Llandudno”.
“Eu gostaria de saber um pouco mais a respeito dessa escola. Sylvia é uma criança tão incomum e seria uma infelicidade se ela fosse colocada em um grupo de meninas antipáticos e um conjunto de professores que não a compreendem”.
“Senhorita Kaye é uma mulher inteligente. Acho que seu sistema parece excelente”.
“Eu não quero que Sylvia se transforme em uma espécie de dicionário ambulante, com a mente repleta de Grego, Latim e de Euclides, não sobrando espaço para uma ideia original”.
“Ela não vai ficar assim lá. As meninas levam uma vida muito racional, saudável, com bastante tempo para jogos e exercícios ao ar livre”.
“Nem eu quero que sua conversa seja sobre nada além de golfe e hóquei, como alguns dos jovens que conheço, os quais eu raramente consigo admirar”.
“Gordon, como você é perverso! Louisa vai falar com você pessoalmente e dizer-lhe tudo sobre a escola que você, porventura, queira saber. Ela virá amanhã, quando poderemos discutir a questão a fundo. Entretanto, devemos tomar cuidado para que Sylvia não desconfie de nada”.
Se a nossa pequena heroína tivesse tomado conhecimento das conversas que estavam ocorrendo sobre o seu futuro, ela sem dúvida teria agido de forma muito diferente no dia seguinte; mas como ela desconhecia completamente que mudanças estavam em curso, ela agiu naturalmente da sua maneira habitual, enquanto seu pai, que a estava observando a partir de um novo ponto de vista, notou um bom número de coisas que nunca percebera anteriormente. Em primeiro lugar, ela era delicada no café da manhã; recusou seu ovo, pois não estava cozido o suficiente, deixou sua torrada quando ela descobriu que a crosta fora queimada e serviu-se de uma enorme porção de marmelada, que ela não terminou. Ela argumentou veementemente com a Senhorita Holt sobre alguma questão insignificante e até mesmo tomou a liberdade de corrigir sua mãe. Ela nunca passou nada na mesa sem que fosse solicitado, deu um pulo e começou a ler um livro antes que os outros tivessem acabado e fingiu não ouvir quando lhe foi pedido para tocar o sino. Mais ainda, a mãe teve que dizer-lhe, por duas vezes, que eram já nove horas antes que ela subisse para a sala de estudos.
“É certamente tempo de manda-la para a escola”, pensou o Senhor Lindsay. “Eu receio que, com a melhor das intenções, nós a estragamos completamente. Louisa está certa. Ela precisa estar entre outras meninas, ter suas arrestas aparadas. Na escola não há nenhuma provisão feita para modismos e fantasias e ela seria obrigada a seguir os regulamentos. Vai ser bom para ela ter um pouco menos importância do que ela tem em casa. Estranho que eu nunca percebi isso antes!”
Quando Tia Louisa chegou, à noite, preparada para encontrar um grande número de objeções à sua sugestão, ela ficou surpresa ao descobrir que seu irmão tenha concordado com ela tão facilmente e, depois de ouvir seus relatos detalhados sobre os excelentes arranjos da Senhorita Kaye, consentira muito facilmente que Sylvia fosse enviada para lá assim que os preparativos necessários fossem resolvidos e que sua roupa fosse considerada em ordem.
“Uma semana será tempo suficiente para isso”, disse Tia Louisa.
“Senhorita Saunders costurará rapidamente um vestido apropriado para a escola e você pode enviar outras coisas que ela precise mais tarde, Blanche. Seria uma pena ela perder mais do semestre. Ela não vai gostar de ficar atrasada nas aulas e agora que vocês se decidiram vai ser melhor não deixar que ela tenha muito tempo para pensar sobre isso”.
“Eu não sei o que Sylvia vai dizer!” suspirou a Senhora Lindsay, que se arrependeu de deixar seu amorzinho partir. “Tenho medo que ela nunca nos perdoe por isso”.
“Eu não perguntaria a ela”, respondeu Tia Louisa com firmeza. “Ela vai gostar muito quando chegar lá e a melhoria que isso vai fazer na vida dela vale algumas lágrimas no início. Eu peço, Blanche, que você não seja tola agora e atrapalhe o caminho do verdadeiro bem da criança”.
“Eu vou tentar não falar nada”, disse a pobre Senhora Lindsay, enxugando os olhos; “Mas quando você tem apenas uma filha e ela nunca esteve longe de você antes, parece tão difícil deixá-la ir”.
“Oh, você vai superar isso! Eu senti a mesma coisa quando Cuthbert foi para a escola. Estou muito mais acostumada com isso agora. Nós não podemos manter nossas crianças sempre ligadas às nossas saias”.
“Acho que não, mas os meninos são diferentes das meninas e Sylvia tem sido um animal de estimação. Se ela não ficar feliz na Mansão Heathercliffe ela simplesmente vai adoecer com tanta lamúria, que a cura vai ser pior do que a doença”.
“Eu tenho certeza que ela não vai fazê-lo. Ela vai ficar muito interessada em seu trabalho e suas novas companheiras, que assim que os primeiros dias de saudades passem, ela vai se acalmar e gostar imensamente de sua nova vida”.
“Você realmente acha isso?” disse a Senhora Lindsay. “Bem, a decisão está tomada e acho que devemos manter a isso agora, mas eu estou temendo o momento em que terei de dar a notícia a ela”.
Para Sylvia o anúncio veio como um grande choque. Ela estava totalmente despreparada para isso e a ideia de uma mudança tão repentina não foi nada bem-vinda. Quando ela compreendeu totalmente que em uma curta semana ela seria banida para um lugar estranho, entre pessoas que nunca tinha visto, ela se agarrou a sua mãe em uma grande paixão de lágrimas que se não tivesse sido pelo pensamento a respeito do que a Tia Louisa diria a Senhora Lindsay teria desistido e implorado ao marido para manter a criança em casa. Ela fez o possível para acalmá-la e para pintar o futuro em cores tão brilhantes quanto sua fantasia poderia descrever.
“Eu nunca vou ser feliz de novo, nunca mais!” soluçou Sylvia. “Eu vou ser tão miserável como Evelyn em A Pequena Herdeira ou Rosalie em O Primo Órfão. Ambos seguiram de coração partido até o último capítulo e assim será comigo”.
“Bobagem, querida, você deve tentar ser corajosa! A Mansão Heathercliffe é uma escola charmosa e tenho certeza que você vai ser feliz lá. Você encontrará tantas meninas agradáveis da sua idade que estarão interessadas em fazer amizade com você. Haverá muita diversão, além das lições. Eu quero que você tenha mais alguns amigos”.
“Eu tenho Effie e May”.
“Elas são mais novas que você. Você pode ficar melhor com meninas mais velhas, creio eu. Vai ser uma coisa nova pertencer a uma classe. Tenho certeza que você vai gostar da Senhorita Kaye”.
“Se ela for como a diretora de Sara Crewe, eu vou odiá-la”, declarou Sylvia.
“Mas ela não é. Ela é muito gentil e não é nada empertigada. Ela leva as meninas para agradáveis passeios no campo e, às vezes, eles vão para a praia. Você gosta tanto do litoral, não gosta?”
“Sim”, disse Sylvia, em dúvida, “nas férias e você e Papai estão lá. Vou ter que fingir que sou um fora da lei ou um refém, como Richard em O Pequeno Duque e que os meus súditos são ocupados lutando para manter meu reino enquanto estou fora”.
“Imagine o que quiser minha querida, mas eu não acho que você precisa fingir nada para se divertir em Aberglyn. Você vai encontrar alguns livros novos lá, de qualquer forma: há uma grande biblioteca na escola”.
“Eu gostaria disso. Mas oh, Mãe, eu vou passar meu aniversário na escola!”
“Eu sinto muito por isso, mas podemos enviar-lhe os seus presentes e você terá sua festa quando você chegar em casa. Agora, seja a minha menina corajosa e se anime. Eu quero começar a decidir as coisas que você vai levar com você e o que deve ser deixado para trás”.
Tanta coisa tinha que acontecer durante a breve última semana de Sylvia em casa, que de manhã até a noite, os dias pareciam completamente cheios. Suas aulas habituais com sua governanta foram dadas e da sala de estudos virou por um tempo em um tipo estúdio de costura. Senhorita Saunders, a costureira, instalou-se na mesa com sua máquina de costura, trabalhando em um vestido da escola e um novo casaco de outono, enquanto sua mãe e Senhorita Holt terminavam, apressadamente, as roupas íntimas de inverno.
“Não sabemos quando o tempo pode ficar frio”, disse a Senhora Lindsay, “e é melhor enviar tudo de uma só vez, se pudermos, apesar de que acho que as camisolas grossas terão que seguir depois”.
Sylvia achava tudo muito emocionante e se não fosse o pensamento de despedida de seu pai e mãe, ela teria muito gostado de ser uma pessoa de tão grande importância. Foi decididamente gratificante ter a Tia Louisa chegando todos os dias para consultar sobre suas roupas e ajudar na escolha de seu novo chapéu; ela nunca tinha dado tanta atenção a sua pequena sobrinha antes, exceto, ocasionalmente, para expressar a desaprovação, e Sylvia sentiu que finalmente sua tia estava lhe dando a contrapartida devida. Também as expedições comerciais foram muito divertidas; parecia bom comprar metros de fita de cabelo de cada vez e vários pares de botas e de luvas, assim como uma dúzia de lenços de bolso, capa de chuva e um par de galochas. Senhorita Holt foi mantida ocupada marcando suas novas posses, costurando fitas em meias e alongando as anáguas de inverno.
Ela tinha um grande número de presentes dados a ela para levar para a escola. Tia Louisa surpreendeu um dia com um lindo estojo em couro russo verde, equipado no interior com papel de carta, envelopes, cartões postais e tudo o que seria de provável necessidade para escrever suas cartas para casa, incluindo uma caneta com cabo de marfim e seis pontas douradas. Havia uma chave que trancava e destrancava o estojo e suas iniciais foram carimbadas em letras douradas na aba superior. Dizer que ela ficou satisfeita dificilmente expressaria sua satisfação. Tio George enviou-lhe uma caixa de pintura - não do tipo ordinário que as crianças têm e que ela já tinha tido antes, mas sim um caixa com panelas de porcelana de boas cores e pincéis de zibelina, com as mais delicadas cerdas, adequadas para pintar detalhes que seus antigos pincéis de pelo de camelo certamente teriam borrado. Sua mãe deu-lhe uma nova e muito bela Bíblia, encadernada em marroquim roxo-escuro, com muitas ilustrações de cenas orientais e mapas e um índice remissivo no final.
“Você deve ler um pedacinho a cada dia, querida, como você faz em casa, embora eu não esteja lá para explicar isso para você. Senhorita Holt fez para você este marcador para você saber onde parou e eu coloquei um raminho de lavanda em nosso capítulo favorito”.
O pai tinha comprado um livro de oração e hinário em uma bolsa para levar à igreja aos domingos e acrescentou um pequeno saco para ela deixar o dinheiro de contribuição. Primo Cuthbert enviou uma caixa de madeira de cedro contendo um canivete de cabo azul, vários novos lápis de grafite, uma borracha da Índia e uma mata-borrão; a cozinheira fez para ela uma caixa de caramelos e a empregada fez em croché um organizador de toalete para ela pendurar em sua penteadeira. Um grande baú chegou e ficou no quarto de hóspedes pronto para ser embalado. Com tantos pacotes sendo entregues por várias lojas, era com grande entusiasmo que se levava cada um ao andar de cima para abri-lo na sala de estudos.
“Espero que a Senhorita Kaye ache você tão bem como as outras garotas de sua idade”, disse a Senhorita Holt ansiosamente, enquanto separava alguns livros e algumas peças de música para Sylvia levar com ela. “Lembre-se que ‘aller’ é um verbo irregular! Não me envergonhe começando com ‘j'alle, tu alles, il alle’, como você fez na semana passada. Eu gostaria que você revisse as datas dos reis e rainhas da Inglaterra antes de ir e também os pesos e medidas. Receio que você não esteja muito firme em alguns deles, especialmente na quadrada e na cúbica. Acho que você é muito boa em ortografia, mas eu tenho certeza que eles vão dizer que você escreve mal para sua idade; você não segura a caneta corretamente e você faz tantas manchas. Espero que não lhe perguntem sobre para a geografia da Europa, pois mal sabe sobre a Inglaterra e seus contornos físicos; e quando você toca a segunda sonatina de Clementi, não se esqueça de que você sempre conta na hora errada no quarto compasso. Eu já lhe falei sobre isso tantas vezes”.
“Tudo bem, Senhorita Holt!” Sylvia respondeu: “Eu vou fazer o meu melhor, mas eu desejo esquecer o velho Clementi. Odeio sonatinas. Espero que minha nova professora me dê algumas peças novas e que não se preocupe com o metrônomo. Eu acho é o que me faz contar errado. Vou dizer a ela que não é culpa sua. Vai ensinar seus sobrinhos e sobrinhas em Derby Shire"?
“Não, eles frequentam uma escola, exceto o bebê, que é muito jovem para as aulas. Terei muito que fazer em cuidar deles e da casa. Espero que você seja feliz, Sylvia, em sua nova vida. Tentei ensinar-lhe o básico e quaisquer futuros professores deveriam encontrá-la bastante bem informada sobre a maioria dos assuntos”.
Havia muito pouco tempo até mesmo para as instruções finais que a Senhorita Holt considerava necessárias; os dias parecia literalmente voar e o último dia só veio cedo demais para todos os interessados​​. Effie e May ligaram para dizer adeus, muito tristes com separação de sua companheira de brincadeiras e impressionadas com os preparativos, que Sylvia secretamente lhes mostrou com muito orgulhosos.
“Você vai ser grande demais para brincar com a gente quando você voltar”, disse Effie melancolicamente.

“Não, eu não”, respondeu Sylvia, beijando-a de uma forma bastante superior e paternalista. “Eu vou gostar de vê-la na minha festa de Natal, mas talvez eu me importe em brincar da mesma maneira, porque, veja bem, quando eu voltar, terei já onze anos de idade e serei uma das meninas da Senhorita Kaye na Mansão Heathercliffe”.

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